Realizado em estrutura de concreto e fechamento em alvenaria revestida, a implantação destas bibliotecas ocorreram de modo a contemplar dois públicos usuários: as escolas e as próprias comunidades onde se inserem. As Escolas do Futuro são bibliotecas escolares comunitárias do município de São Carlos que atendem tanto os alunos, professores e funcionários das EMEB – Escola Municipal de Educação Básica. O projeto foi proposto de forma a possibilitar a construção de diversas unidades da mesma em uma variedade de localidades. A implantação define-se através da situação mais desfavorável de terreno, um retângulo, o que condicionou, portanto, uma planta retangular. As implantações deveriam estar de acordo com as condições e especificidades de cada local, de modo a assegurar a integração tanto das edificações vizinhas existentes, quanto de escolas e da comunidade. Procurou-se explorar os espaços externos para atividades de leitura ao ar livre, de jogos de xadrez, damas, dominó, etc; e também como forma de atração dos usuários para o hábito de uso dos espaços da biblioteca. O edifício deveria conter um marco que o identificasse em qualquer local de sua implantação, e dessa forma criou-se a ideia do monolito em vermelho com a aplicação de uma coruja - símbolo da sabedoria. A coruja foi feita com cacos de cerâmica (referência a Gaudi). Os ambientes de acervo e as mesas de leitura fazem parte do mesmo ambiente, resguardando-se a cada uma destas atividades a luminosidade adequada e específica de cada caso. Exemplificando, o acervo não recebe a luz do sol diretamente, mas os espaços das mesas de leitura possibilitam uma visão agradável dos ambientes externos. O uso da iluminação zenital marcada por uma diagonal na cobertura como referencia à igreja da Luz de Tadao Ando indica a circulação interna, além de iluminar indiretamente o acervo bibliográfico.