RESIDÊNCIA

Devido ao pequeno espaço disponível no terreno, o lote de 132 m² e apenas 5,5m de largura e 24 m de comprimento, dificultava a proposta de construir uma casa ampla e iluminada. Como forma de solucionar o problema, o arquiteto José Mario Nogueira apostou na divisão da residência em dois blocos, na criação de um jardim entre os dois blocos e na circulação vertical. “Para o melhor aproveitamento dos ambientes o partido do projeto foi diminuir ao máximo a área de circulação horizontal e deixá-la vertical”, explica o arquiteto. Os blocos foram afastados em meio pé-direito, através da retirada de terra da parte posterior do terreno e com isso a casa foi dividida em dois blocos em níveis diferentes. No primeiro bloco ficaram a sala no térreo e a suíte do casal no superior, no segundo bloco ficaram o escritório, a copa/jantar, lavabo, cozinha, lavanderia e área de serviço no térreo e dois dormitórios no superior. A escada aparece como um dos elementos centrais do projeto ao fazer ligação entre os ambientes, e ganha destaque por delimitar os planos e desníveis propostos em projeto. Como a proximidade com a construção vizinha impedia a insolação da manhã e a ventilação natural, a ideia foi criar um jardim entre os dois volumes da residência que permitisse a amplitude e iluminação dos ambientes internos. Uma das paredes externas é estruturada em madeira e vidro, com peças em cedro de 5 x10 cm travadas na horizontal, que trazem a iluminação natural aos dois pavimentos. Uma combinação de pensamentos racionalizados e práticos, somados a questões de eficiência energética garantiram ao projeto um baixo custo de execução, e consequentemente de manutenção. O design diferenciado que levou em conta as necessidades e o estilo de vida dos proprietários fez desta residência um conjunto de ambientes aconchegantes e satisfatórios.

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Fotos: Kiko Masuda